Necessária solidão

"É na solidão, onde cada um está entregue a si mesmo, que se mostra o que se tem em si mesmo.Nela, sob a púrpura, o simplório suspira, carregando o fardo irremovível da sua mísera individualidade, enquanto o mais talentoso povoa e vivifica com os seus pensamentos o ambiente mais ermo." Arthur Schopenhauer

terça-feira, setembro 13, 2011

A reflexão nossa de cada dia...






Playboy: "If life is so purposeless, do you feel that it's worth living?"
Kubrick: "Yes, for those of us who manage somehow to cope with our mortality. The very meaninglessness of life forces man to create his own meaning. Children, of course, begin life with an untarnished sense of wonder, a capacity to experience total joy at something as simple as the greenness of a leaf; but as they grow older, the awareness of death and decay begins to impinge on their consciousness and subtly erode their joie de vivre, their idealism -- and their assumption of immortality. As a child matures, he sees death and pain everywhere about him, and begins to lose faith in the ultimate goodness of man. But if he's reasonably strong -- and lucky -- he can emerge from the twilight of the soul into a rebirth of life's elan. Both because of and in spite of his awareness of the meaninglessness of life, he can forge a fresh sense of purpose and affirmation. He may not recapture the same pure sense of wonder he was born with, but he can shape something far more enduring and sustaining. The most terrifying fact about the universe is not that it is hostile but that it is indifferent; but if we can come to terms with this indifference and accept the challenges of life within the boundaries of death -- however mutable man may be able to make them -- our existence as a species can have genuine meaning and fulfillment. However vast the darkness, we must supply our own light."


(Trecho de entrevista de Stanley Kubrick à Revista Playboy, em 1968)
Tradução Livre:

Playboy: "Se a vida é tão sem propósito, você acha que vale a pena viver"
Kubrick: "Sim, para aqueles de nós que conseguem de alguma forma lidar com nossa mortalidade. A insignificância da vida força os homens a criar o seu próprio significado. Crianças, é claro, começam a vida com um sentido de admiração imaculada, com uma capacidade de experimentar total alegria por algo tão simples como o verde de uma folha; mas à medida que envelhecem, a consciência da morte e da decadência começa a invadir a sua mente e sutilmente corroer sua alegria de viver, seu idealismo - e sua suposição de imortalidade. À medida que uma criança amadurece, ela vê morte e dor em todos os lugares ao seu redor, e começa a perder a fé na bondade do homem. Mas se ela for razoavelmente forte - e tiver sorte - ela pode emergir do crepúsculo da alma para um renascimento da disposição para viver . Por causa de, e apesar de sua consciência da falta de sentido da vida, o homem pode forjar um novo senso de propósito e de afirmação. Ele poderá não recuperar o mesmo sentido puro de admiração com o qual nasceu, mas ele pode moldar algo muito mais duradouro e sustentável. O fato mais terrível sobre o universo não é que ele é hostil, mas sim que é indiferente; mas se pudermos conviver com esta indiferença e aceitar os desafios da vida dentro dos limites da morte – por mais mutáveis que possamos ser capazes de torná-los - nossa existência como espécie pode ter um significado genuíno e de completa realização. Por mais vasta que seja a escuridão, precisamos suprir nossa própria luz”

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