Necessária solidão

"É na solidão, onde cada um está entregue a si mesmo, que se mostra o que se tem em si mesmo.Nela, sob a púrpura, o simplório suspira, carregando o fardo irremovível da sua mísera individualidade, enquanto o mais talentoso povoa e vivifica com os seus pensamentos o ambiente mais ermo." Arthur Schopenhauer

domingo, novembro 25, 2007

“A verdade sobre a indústria farmacêutica: Como eles nos enganam e o que fazer a respeito"











"The truth about drug companies: how they deceive us and what to do about it", livro da Dra. Marcia Angell MD, ex-Editora Chefe do The New England Journal of Medicine, Conferencista Senior em Medicina Social da Escola de Medicina de Harvard - EUA é revelador de uma situação estarrecedora e contundente, mas nem por isso conhecida pela maioria da população e muito menos pelos médicos. Os artifícios utilizados pela indústria de medicamentos para fazer valer seus interesses e, por extensão, faturar lucros estratosféricos são de uma perversidade ímpar e que só se explicam pela omissão/prevaricação dos órgãos/agentes públicos reguladores devidamente associados ao exercício da mais "fina" corrupção. É estarrecedor saber que estamos todos sujeitos a recebermos medicamentos que, muitas vezes, não trazem nenhum benefício a não ser o de engordar a já pletórica conta bancária da indústria de fármacos. Igualmente assustador é saber que boa parte dos médicos ignora totalmente a forma pela qual a indústria monitora e influencia a prescrição médica.

Veja os dados abaixo:

• Segundo a Organização Mundial da Saúde: mais de 50% das prescrições
são erradas! (Fonte: WHO Drug Information;1999;13:61-64)

• Trabalhos científicos financiados pela indústria têm 405% de chances de
resultados favoráveis ao financiador (Fonte: British Medical Journal. 2003;May 31)

• Pesquisadores com projetos financiados pela indústria têm 950% de
chances de prescreverem o fármaco que investigam (Fonte:JAMA–Journal ofAmerican Medical Association. 2000;283:373-80)

• Viagem para participar de eventos: Aumentam em 790% a chance do
médico solicitar inclusão do fármaco no seu hospital (Fonte: JAMA. Journal of American Medical Association 2000;283:373-80)

• Os jornais médicos são “extensões de propaganda” da indústria
farmacêutica – (Fonte: Richard Smith - www.plosmedicine.org May 2005;2(5):138)

• Existe extrema variabilidade na Prática Médica não explicada por
evidências científicas!

2 Comments:

Blogger Izete Ricelli said...

Incrível... estava procurando o nome da autora desse livro p/ indicar a um amigo e achei nesse blog. Nenhum comentário???
Parece que as pessoas não querem sair da "matrix"...
Justificando: Minha filha, hoje com 35 anos, formou-se em química farmacêutica na USP, e lá tb concluiu seu mestrado,com uma pesquisa sobre tuberculose.Após o mestrado, ingressou no mercado de trabalho e, após um ano, teve uma crise existencial-ético-profissional e pulou fora.. voltou para a USP e hoje é médica vetrinária homeopata ( unicista). Está colhendo material para escrever um livro sobre esse assunto com implicações psico-sociais,baseada em suas vivências.
Urge acordarmos desse sonambulismo pós-moderno,onde o lucro é o valor máximo e o comércio de ilusões( de beleza, longevidade, saúde infinita,felicidade permanente etc.),rola solto, longe da integridade e da ética. Isso é inaceitável de qqer forma, mas na área da saúde,é simplesmente monstruoso.
Sou psicóloga clínica e trabalho na linha junguiana,com enfoque sistêmico. Atuo tb no campo da psicossomática e o que percebo na atuação da medicina ( mecanicista) contemporânea,às vezes, é assustador. Também percebo que, muitas vezes, os pacientes não têm outra opção alem de sujeitar-se à "vox Dei" dos médicos, agentes ( conscientes ou inconscientes) dessa "indústria da medicina" liderada pelos laboratórios farmaceuticos. Sem contar com o filão dos psicofármacos, um caso de terror à parte.
Inúmeras experiências pessoais e da prática clínica corroboram este desabafo, que espero (se alguem ler),sirva pelo menos para possível reflexão.

9:56 PM  
Blogger proFabio said...

Confirmo cum um "estarrecedor" o que nós "leigos" estamos impotentes diante de médicos que não se envolvem com os pacientes, não sabem sua história e vão direto para o bloco de receita e tasca um monte de remédio.... tomar , não tomar, comprar... não comprar.. não sabemos!
Incrivel, tenho uma colega de trabalho que está "obrigada" a fazer um tratamento, sem prazo para encerrar, com um medicamento que custa R$ 57,00 com 12 comprimidos, ela tem que tomar dois por dia!!!!!!!!! sabe quanto ela ganha? R$ 600,00. Durma com um barulho desses, segundo ele, o remedio não tem SUBSTITUTO.
é muita grana que rola, nos "leigos", nem sabemos até onde vai tudo isto, apenas suspeitamos, eu suspeito!!!!!

9:44 AM  

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