Necessária solidão

"É na solidão, onde cada um está entregue a si mesmo, que se mostra o que se tem em si mesmo.Nela, sob a púrpura, o simplório suspira, carregando o fardo irremovível da sua mísera individualidade, enquanto o mais talentoso povoa e vivifica com os seus pensamentos o ambiente mais ermo." Arthur Schopenhauer

quarta-feira, maio 07, 2025

DIA DAS MÃES !

         Somos como folhas ao vento: frágeis, solitárias e efêmeras! Estamos esquecendo que a felicidade e a riqueza da vida está, muitas vezes, nos pequenos gestos, na amizade fortalecida pelo tempo, no perdão sincero, no sonho sonhado junto.

         Mas há, também, um lugar onde a felicidade nasce do sublime, da paz e do infinito desejo de fazer com que tudo dê certo e que as dificuldades do mundo não precisem atravessar o caminho dos nossos  filhos e filhas.  Esse lugar, reservado às mães, é um lugar especial. Privilegiado, na verdade!

          No dia reservado a elas – para as que estão aqui e para aquelas que já se encontram em outra dimensão – devemos agradecer. E lembrar que nada, absolutamente nada, poderá desfazer o vinculo que temos – ou tivemos – com nossas mães, pois estamos indissoluvelmente ligados a elas.     

          À minha mãe – que já se transformou numa estrelinha no céu – como meu filho costuma se referir aos que já se foram – eu digo e repito: Obrigado. Muito obrigado por tudo que você, pelo exemplo, me ensinou!
FELIZ DIA DOS MÃES!

Que a vida se faça....


"Há um tipo de tristeza que vem de saber demais, de ver o mundo como ele realmente é. É a tristeza de entender que a vida não é uma grande aventura, mas uma série de pequenos momentos insignificantes; que o amor não é um conto de fadas, mas uma emoção frágil e passageira; que a felicidade não é um estado permanente, mas um vislumbre raro e fugaz de algo que nunca poderemos segurar. E nesse entendimento, há uma profunda solidão, um sentimento de ser separado do mundo, das outras pessoas, de si mesmo."

Esse primor de reflexão, de autoria de Virgínia Wolf, de certa forma capta um pouco da forma que vejo e sinto o mundo e o que há nele . Definitivamente não é uma lamúria, mas apenas a constatação de que estamos irremediavelmente condenados à solidão, aquela da qual nos fala Schopenhauer.

E a solidão é tanto maior quanto mais amplo for o conhecimento da realidade que nos cerca. E, com ela, vem o sofrimento. Mas um "sofrimento positivo" na medida em que este nos conduz à percepção de que estamos vivos. Quem não sofre, está na camada mais superficial da existência, porque demonstra não perceber o mar de iniquidades que nos cerca. Quem nao sofre, tende a fazer da futilidade a sua essência.
De modo que, esse "sofrimento positivo", aquece minha alma, me instiga a buscar novas formas de interagir com o mundo e seguir em frente.

Que a vida se faça, repleta de incertezas, (porque creio que as certezas tendem a, inicialmente nos acomodar para, depois, incomodar) de novas indagações, de vívida interação amorosa, e de uma profunda e intensa reflexão sobre como torná-la mais simples pois, como diria Leonardo Da Vinci: "La semplicità è l'ultima sofisticazione".